Relato Integrado 2021
Conectividade e Confiabilidade - Aproximando pessoas e negócios
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Criação de Valor

Inovação

GRI 103-1 | 103-2 | 103-3

Em nossa história, grandes marcos foram conquistados por iniciativas pioneiras, criativas e arrojadas que nos colocam hoje em linha com a vanguarda tecnológica de gestão e de processos em nosso setor. Essa condição resulta do fato de a inovação ser um de nossos três pilares estratégicos, dedicado ao refinamento de processo (ideação, preparação, desenvolvimento e comercialização), foco na consolidação de uma cultura ágil e capacitação para a inovação e lançamento de produtos e tecnologias.

Esse vetor, que denominamos Jornada Digital, tem por finalidade desenvolver novos mercados e negócios por meio da inovação, transformação digital e novas formas de trabalho mais colaborativas e eficientes. Nesse contexto, atuamos em quatro frentes que englobam as principais estruturas da empresa (processos, pessoas, tecnologia e a inovação “pura”): Brain, Estação Algar Telecom, Programas Transformação e Next.

A partir de 2021, essas frentes transformacionais convergiram no Programa de Evolução Digital, que estabeleceu uma proposta de valor framework e roadmap para a Jornada Digital a partir da definição de ambição comum: “promover interações simples e fluídas com nossos clientes por meio digitalização”. Todas essas frentes apresentam informações e indicadores de inovação que refletem os movimentos em desenvolvimento, lançamentos, cultura, pessoas, P&D, oportunidades e riscos, entre outros.

Mantemos ainda uma Política de Reconhecimento de Inovação com o objetivo de incentivar e proporcionar a todo e qualquer associado, estagiário, jovem aprendiz e bolsista a oportunidade de contribuir ativamente para o cumprimento de nossa estratégia. O acompanhamento da inovação é feito por meio do indicador específico de inovação – receita de produtos tradicionais –, que integra outras métricas de monitoramento: o de receita de produtos tradicionais.

Nossos resultados de desempenho no tema inovação refletem as premiações conquistadas, como Prêmio Valor Econômico de Inovação, Prêmio 100 + Inovadoras de TI, Prêmio Anuário Telesíntese e Prêmio 100 Open Startups, entre outros. Em 2021, fomos eleitos pelo Prêmio 100 Open Startups como a empresa de telecomunicações mais aberta ao relacionamento com startups e todo o ecossistema de inovação; já pelo prêmio Valor Econômico de Inovação fomos reconhecidos como a terceira mais inovadora do setor.

Prêmio Valor Econômico de Inovação

Prêmio 100 + Inovadoras de TI

Prêmio Anuário Telesíntese

Prêmio 100 Open Startups

Outro indicador relevante para comprovar nosso grau de inovação é a receita de produtos não tradicionais, que mostra, em percentual, quanto da receita não está atrelada a produtos tradicionais de Telecom. Em 2021, atingimos a marca expressiva de 18,72% frente a 13,51% em 2020.

O Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT) adota o modelo de inovação aberta e é composto por equipe multidisciplinar que trabalha para levar desafios a startups e empresas do ecossistema de inovação. Sua principal função é criar soluções inéditas e disruptivas para clientes de todas as empresas do grupo Algar, atuando em quatro frentes: Internet das Coisas (IoT), 5G, Cloud eDigital.

O Brain é uma unidade autônoma, da qual somos mantenedores com outros patrocinadores, e possui três centros: Uberlândia, São Paulo e Recife. A experiência nos revelou a importância de contar com um instituto localizado geograficamente fora de nossas instalações, dissociado de uma estrutura tão grande como a nossa e tudo o que implica essa característica em termos de cultura empresarial e processos internos.

O Brain detém uma velocidade de criação que faz parte da eficiência do modelo e tem nos inspirado a adotar procedimentos que deem mais agilidade às ações internas de inovação. Atua também em novas modelagens de negócios para viabilizar a oferta de soluções tecnológicas simplificadas e integradas ao dia a dia do produtor rural, por meio da conectividade em larga escala e da baixa latência. O foco é impulsionar os resultados do agronegócio a partir de produtos e serviços que auxiliem na tomada mais ágil de decisão e garantam mais segurança ao setor.

Em 2021, o Brain desenvolveu cinco soluções inovadoras para clientes do grupo Algar. Contamos também com uma patente depositada no ano. Além disso, alcançou aproximadamente R$ 147 milhões de receitas com o desenvolvimento de soluções. O Instituto foi criado em 2017 com a ambição de proporcionar geração de receitas incrementais e, à época, projetamos a possibilidade de chegar a 2021 com volume de R$ 50 milhões. O resultado, portanto, superou as expectativas, principalmente porque apenas um ano antes, em 2020, estávamos na faixa dos R$ 60 milhões.

Outro aspecto importante foi o trabalho de sinergia com a Vogel, adquirida no ano. Replicamos todo o portfólio desenvolvido pelo Brain e utilizado internamente para a empresa. O Instituto também começou a desenvolver produtos, considerando as possibilidades abertas pelo 5G, com o qual passamos a atuar em dezembro, entre os quais se destacam:

MediQuo
Destinado ao varejo, é um produto para o segmento de telemedicina.

OmniPro
Plataforma multicanal oferecida no segmento B2B que permite melhorar a experiência com os clientes, oferecendo um único atendimento por meio de WhatsApp, rede social, telefone, e-mail, pois todas as interações feitas por estes recursos ficam registradas em um só lugar, permitindo a continuidade e a visão global dos contatos realizados.


O Instituto trabalha com vários parceiros. Em 2021, destacaram-se as associações realizadas em Portugal, com a Câmara, uma entidade que agrega empresas do setor de TIC, e o Atlantic Hub, espaço de inovação forte no país. No Brasil, foi formada uma parceria com a Seidor.

Ainda em 2021, realizamos rodadas de nosso programa de acesso ao mercado com o Brain Open. Um dos marcos foi a promovida para a mídia, a fim de verificar a atratividade da solução no mercado internacional. Registramos 197 inscrições, com 157 empresas de 17 países, e selecionamos quatro soluções que encerraram o ano em fase de avaliação.

Promovemos também um hub da indústria 4.0 em Uberlândia (MG), onde rodamos o Open Maker Industrial Challenge, trazendo, além dos nossos desafios, o de cinco indústrias, atraindo 75 startups. Tivemos um Demo Day, no qual 30 startups apresentaram suas soluções e as cinco indústrias selecionaram os trabalhos de 17.

Outro evento de destaque foi o Brain Summit, que reuniu diversos parceiros durante dois dias e se distinguiu por incluir a visão do varejo, abordando questões como casa conectada e games. Ao todo, conduzimos no ano, no âmbito do Brain, 17 eventos, entre webinars, painéis e lives.

Academy, Consulting e Lab

O Brain Academy, braço de educação do Instituto, é destinado aos públicos interno e externo, em parceria com empresas inovadoras em seus ramos de atuação. Contém em seu portfólio de projetos o Brain Summer Job, programa de estágio de férias; o Agile na prática, workshop para profissionais que querem aprender métodos ágeis; o Educação para o home office, criado para empresas que querem implementar o modelo; e o Timeout, programa de imersão para mudança de mindset de líderes, entre outros.
Em 2021, o projeto da Brain Academy foi ampliado e o Centro de Inovação ganhou mais duas frentes: Consulting e Lab. As três frentes constituem as chamadas Alavancas de Crescimento.

Após quatro anos desde a sua criação e mais de 2 mil pessoas capacitadas em metodologias ágeis, a proposta é utilizar a experiência prática do Brain para apoiar empresas e profissionais que queiram se transformar por meio das temáticas de inovação, agilidade, liderança do futuro e novas tecnologias. Para isso, o Brain está apostando em três frentes como alavancas de crescimento para o mercado: educação profissional; consultoria para médias e grandes empresas em programas de inovação e desenvolvimento de novos negócios; e lab para cocriação, com aplicação de metodologias de inovação como Design Thinking e prototipação para clientes estratégicos que demandem ambientes de experimentação.

O fluxo do Brain envolve três etapas: ideação, preparação e desenvolvimento. Na primeira, ocorre a análise das ideias de soluções disruptivas e startups para verificar as principais discussões acerca de inovações e potenciais projetos a serem desenvolvidos. Na fase seguinte, as ideias são submetidas ao Comitê Consultivo, responsável pela avaliação das oportunidades. Por fim, o desenvolvimento fica a cargo dos squads, compostos por equipes multidisciplinares, o que proporciona a agilidade das entregas e permite que o Mínimo Produto Viável (MPV) esteja disponível ao mercado rapidamente e seja facilmente aprimorado até se alcançar o produto desejado. O processo leva cerca de seis meses. Os produtos desenvolvidos pelo Brain seguem para a Estação e podem ser absorvidos em nosso portfólio em um período de 15 a 30 dias.

GRI 102-13

Interagimos com uma série de entidades que atuam em nosso segmento, algumas nas quais integramos conselhos, grupos técnicos temáticos e outros órgãos de governança, de forma a contribuir para a construção de posicionamentos e defesa de temas de interesse comum. Entre elas estão:

  • Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações e Conectividade – Conexis.
  • Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas – TELCOMP.
  • Associação Neo – Associação de Operadores de TV por Assinatura, Provedores de Internet, Fornecedores de Soluções e Serviços, fabricantes/distribuidores de equipamentos.

A Estação tem a incumbência de operacionalizar e escalar as soluções provenientes do Brain, além de atuar no desenvolvimento de serviços TIC para aprimorar nosso portfólio. Trabalha com equipes (tribos) e squads (equipes multidisciplinares) focadas em TIC, experiências digitais que proporcionem melhor experiência do cliente e estruturação de tecnologia para impulsionar os projetos. Em 2020, depois de vários aprendizados e estruturações, foi feita a migração de todas as áreas de Marketing e TI para o modelo ágil da Estação, que passou a reunir mais de 400 associados no time. Os squads acompanham o trabalho de inovação da Estação em tempo real, analisando e tomando decisões baseadas nos dados monitorados diariamente.

A Estação possui ainda o Gestão à Vista, painel on-line acessível a todos, contendo informações financeiras, de marketing, dados dos clientes (índice de satisfação, entregas, retornos) e um backlog de entregas disponibilizado de forma clara e objetiva. O recurso permite que os squads identifiquem ocorrências, adotem ações de correção rapidamente, criem oportunidades e aprimorem a inovação de um modo geral.

Instituído em 2019, com o objetivo de tornar mais organizado e eficiente o modelo interno de transformação do negócio (Business Transformation), é responsável também por gerir projetos e processos de eficiência que, em muitos casos, envolvem a implementação de inovações e a automatização de atividades.

O programa contribuiu decisivamente para que nos tornássemos benchmarking para muitas outras companhias e instituições devido à forma como acelerou a disseminação de um mindset ágil e estabeleceu maneiras alternativas de crescimento econômico na indústria.

O Next foi criado para viabilizar o suporte necessário ao nosso processo de transformação para uma empresa digital, habilitando atendimento cada vez mais leve e simples para os nossos clientes. O programa reúne os projetos que transformam a base de nosso negócio – a tecnologia –, promovendo a modernização de redes, sistemas, processos, equipamentos e matriz energética, entre outros.

Característica importante do Next é permitir que tenhamos visão global do cenário tecnológico dos próximos anos, estimulando a busca de soluções que aumentem ao máximo o grau de competitividade, como a possibilidade de colocar todas as soluções em nuvens no futuro. O programa está estruturado em cinco jornadas:

  • Arquitetura & Transformação Redes e Sites
    Projetos que modificam e transformam a infraestrutura de redes, promovendo eficiência, escalabilidade e simplificação da arquitetura física e lógica.
  • Automação
    Projetos que promovem inteligência para a entrega de serviços e expansões de redes e sistemas, trazendo assertividade e agilidade nos processos.
  • Virtualização & Move2Cloud
    Projetos de transformação das funções de redes em software, a partir do uso de infraestruturas compartilhadas de hardware em nuvens públicas ou privadas, trazendo mais eficiência, resiliência e padronização para a infraestrutura de redes.
  • Arquitetura & Simplificação de sistemas
    Projetos que simplificam os sistemas internos, criando novos padrões de integração com parceiros, reduzindo o número de sistemas para uma mesma função ou ainda flexibilização destes para viabilização de novos negócios.
  • Analytics
    Projetos que geram, a partir de bases de dados comuns de redes e sistemas, informações relevantes e padrões para apoio a tomada de decisão em modelos de negócio, parcerias, operações e automações. Em 2,5 anos de existência, o programa contribuiu para a modernização de nossa infraestrutura de rede; viabilizou a oferta de produtos para novos clientes e fortaleceu o processo de expansão; garantiu experiência de qualidade e velocidade para blindar nossos mercados; deixou as grandes caixas rumo à flexibilidade da nuvem, reinventando a produtividade e agregando resiliência; desativou sistemas, simplificando a arquitetura e otimizando o desenvolvimento de TI; incorporou automação e inteligência para simplificar processos e rotinas, empoderando nossos analistas; usou data analytics para empoderar estratégia e decisões; buscou novas formas de entregar mais e melhor, elevando nosso enorme potencial humano; liberou recursos físicos para novos usos, fortalecendo o ciclo da sustentabilidade; e modernizou as fontes de energia, reduzindo o impacto das nossas atividades no futuro. Essas profundas transformações, além de nos levar a mudar de patamar, geraram resultados financeiros de R$ 165.5 milhões entre o segundo semestre de 2019, quando foi criado, e 2021 – R$ 79 milhões só no último ano.

O processo de evolução digital tem ocorrido em escala global e com rapidez, interferindo nos hábitos e costumes de toda a sociedade. Estamos atentos e temos promovido mudanças que nos colocam em sintonia com as demandas dos novos tempos.

Atualmente, trabalhamos no Programa de Evolução Digital com três pilares sinérgicos dedicados aos desafios atuais. Um deles, suportado pela Estação, é a digitalização de tudo o que se relaciona às transações e interações de nossos clientes.

No segmento de varejo, esse processo é facilitado, pois a venda digital já é uma realidade. No B2B, no entanto, prevalece a venda consultiva, o que nos motiva a capacitar cada vez mais as equipes para atuarem no ambiente digital por meio de iniciativas como a aquisição do Sales Navigator do Linkedln e da formulação de página de prospecção por consultor. Em razão das restrições impostas pela pandemia, tivemos condições de desenvolver um modelo de venda B2B mais digital, sem deixar de ser consultivo. Desenvolvemos uma venda físico-digital. No auge da crise, com nossos vendedores impedidos de manter contato com os clientes, passamos a agendar visitas virtuais, conseguindo manter a efetivação da compra.

Um segundo pilar é relacionado ao processo interno de digitalização. Suportado pelos Programas Next e Transformação, consiste em “olhar pra dentro”, promovendo a evolução das nossas operações, processos e tecnologias, modernizando nossos serviços e melhorando nossa forma de trabalhar e entregar valor.

Para esse desafio, iniciamos, em agosto de 2021, um programa em parceria com a Accenture, que resultará na digitalização dos processos das áreas de operações Field, financeira e comercial para o segmento corporativo.

Ao mesmo tempo, o Next trabalha toda a estruturação das redes e sistemas para que nos tornemos cada vez mais digitais. Nesse contexto, destacam-se a Jornada ERP, que está substituindo os sistemas de BackOffice do grupo Algar por uma nova solução SaaS (Software as a Service), com integração e padronização das informações para suportar a tomada de decisões; o projeto Tracking da Jornada, solução em implantação que permitirá ao cliente acompanhar todas as interações conosco, do início ao fim da jornada, reduzindo seu esforço nos canais de atendimento; e o projeto Automações BE Digital, que está promovendo automações em diferentes etapas da jornada do cliente (oferta, atendimento, entrega, uso), beneficiando B2B e B2C, melhorando o NPS e gerando economia de gastos.

Já o terceiro pilar é suportado pelo Brain e direcionado a “olhar para o futuro”, criando novos negócios, produtos e serviços, digitais em sua essência, explorando soluções, oportunidades, mercados e modelos de negócio, podendo acoplar ou desacoplar um parceiro de forma muito efetiva e, assim, ampliar o leque de soluções digitais ofertado ao mercado.

Para este desafio, o Brain está modelando um hub a partir do método de inovação aberta dedicado ao MPE, o Hub Nova Era, que nos posiciona como provedor de soluções digitais que possibilitam ao MPE impulsionar suas vendas e maior eficiência por meio da transformação digital. O Brain também trabalha no desenvolvimento de alavanca para o B2C, o Futuro do Viver, que busca oferecer ao cliente, de forma acessível, produtos e serviços que proporcionem seu bem-estar e condições tecnológicas que possibilitem uma jornada completa de uso e melhoria da experiência da rotina em seus lares.

No decorrer de 2021, realizamos ainda dois eventos internos focados em evolução digital: Evolução Digital na Prática, promovido pelo Evolução Digital em parceria com o Next e Brain (duas edições, com participação do Magazine Luiza e Wayra); e Tech4all, promovido pelo Next (cinco edições, com participação da Salesforce, Huawei, Software SAP, Tibco, entre outros).

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